Se você usa o Excel para atividade corporativas, sua empresa ainda não possui um processo de trabalho integrado
por Carlos Esteves
O Excel é excelente, mas no desenvolvimento integrado de produtos ele precisa ser superado!
Na caminhada e construção de uma empresa, percebemos muitas vezes que ela se utiliza de ferramentas de acordo com seu momento. O uso de planilhas de Excel, softwares mais simples e sistemas de controles básicos são muito comuns e dependendo do tipo de empresa, estas ferramentas são até certo ponto aceitáveis.
Porém, para as empresas que crescem vertiginosamente e/ou desenvolvem produtos necessários para a sua sobrevivência, percebe-se que administrá-la utilizando destes tipos de ferramentas, começa a ficar quase que impossível de ser feito, tornando os processos fragmentados e com grande dificuldade para cruzar informações vitais para gerenciamento dos negócios.
Desta forma, um novo desafio é apresentado à organização e a pergunta recorrente é: “Como vamos crescer sem nos adaptarmos aos desafios dos novos tempos?” Ficar por muito tempo estacionado neste ponto evolutivo, acarretará o que chamamos de “a dor do crescimento“, o qual já abordei aqui em outro post https://lpdip.com.br/a-dor-do-crescimento-das-industrias/
A partir deste instante, vocês já perceberam que a sua empresa se enquadra como sendo de médio ou grande porte e que necessita desenvolver, periodicamente, uma grande de produtos com um certo grau de complexidade e vitais para mantê-las ativas no mercado e com isso, ela deve começar a pensar no uso de arquiteturas corporativas e integradas entre si, tais como sistemas PLM & ERP & CRM & Outras.
Com esse desafio à porta, o melhor é enfrentá-lo o quanto antes. Adiar essa etapa costuma custar muito caro a organização e pode colocar em risco a sua sobrevivência.
Então, pense numa nova condição mental evolutiva dos processos e ferramentas que necessitarão ser implementados e, para que isto seja possível, todos da organização deverão ser envolvidos neste novo ciclo de trabalho, começando com a participação ativa dos níveis gerenciais da organização.
Forme times multidisciplinares de trabalho e escolha as lideranças com muito critério, com visão de futuro, capacidade analítica das melhores práticas de trabalho e que estejam realmente comprometidos com os objetivos propostos para transformação dos negócios.
Defina e valide os “Value Drives” que guiarão as metas e objetivos da mudança conforme expectativa da empresa, vide aula link https://lpdip.com.br/conteudos/plm-product-lifecycle-management-como-escolher-um-software/
Com certeza, você vai se deparar com profissionais, em todos os níveis hierárquicos, que resistirão às mudanças, causando medo na organização e reativos a implementar o processo de transformação e estes precisam ser rapidamente identificados e orientados de forma muito clara, de que a mudança irá ocorrer e se eles desejam continuar trabalhando no projeto.
Quando falo desses profissionais, falo por experiência de causa. Às vezes esses profissionais se apresentam de forma aprazível e quase sempre sensata, mas muitas vezes, percebe-se que no íntimo, eles não querem que as coisas mudem e preferem que o ecossistema fique como está, pois tem dúvida se farão parte da nova organização.
Uma vez constituído a equipe de trabalho, determine que cada área participante construa o “AS IS” dos processos em uso, incluindo as formas de interfaces com as demais áreas da empresa e peça para todo o grupo de trabalho identificar todos os pontos que necessitam de melhorias.
Agora peça para que cada equipe construa o “AS BUILT” contendo toda a nova forma corporativa de trabalho e a partir daí, inicia-se o processo de formatação mental do novo ciclo de desenvolvimento de produtos, definição dos novos processos trabalho e como seria a nova organização da empresa.
Analise o “status” dos seus competidores e compare como o AS IS e o AS BUILT e verifique se as mudanças na organização, levarão a sua empresa para um patamar mais elevado que eles.
Neste ponto, surge a necessidade de mostrar ao time de trabalho, quais softwares existem no mercado e estão aptos para suportar o desenvolvimento integrado de produtos e cuidar de todas as informações requerida em cada etapa do ciclo de vida dos mesmos.
Neste momento, os provedores de solução necessitam ser envolvidos e proponha para eles a elaboração de provas de conceito, que permitam demonstrar na prática, que a solução deles está habilitada para servir como “core” da empresa.
Fazer a escolha certa não é fácil.
Após a escolha, a missão é desenvolver, testar, documentar e fazer a integração das pessoas, ensinando como elas irão atuar nos novos processos e utilizar o software escolhido.
Ao final de tudo isso, sempre faço a pergunta, “E AÍ, PODEMOS EXCLUIR TODAS AS PLANILHAS DE EXCEL PARA USO EM APLICAÇÕES CORPORATIVAS”?